€sse Cara €straño!!!

O PERIGO DO VERDADEIRO
INFERNO
€sse Cara!
A força do homem está no lapidar-se. Somos perfeitos na
essência mas ainda claudicantes na edificação das estruturas da
nossa personalidade.
Não é fácil o construir-se e erramos desde o princípio. Não sei
ainda onde se baseiam os que teimam em dizer que nossos tempos são
melhores dos que os de nossos avós em todos os aspectos culturais.
Ou são realmente cegos ou se fazem de.
A sociedade leva o homem às opções de suas ações mas o homem é
o responsável pela sociedade da qual faz parte. Então, o erro social
é conseqüência do erro do homem. Novamente estamos nos preocupando
em tentar consertar os efeitos e esquecer a causa primeira: a
educação.
Acordem, pais! Acordem jovens! Nós estamos todos errando e é
preciso uma atitude firme e consciente.
Acordem mães! Nossos filhos são resultantes da sementinha que
nós não mais estamos fornecendo, da rega que não estamos cuidando,
da aceitação tácita e confortável de que não há mais nada que fazer,
das desculpas da nossa falta de tempo, da anuência ao excesso de
liberdade a vista de que isso é conseqüência do modernismo.
Pais Modernos! Para mim isso já se tornou um papo mais do que
inútil! Está aí o resultado. E a culpa foi nossa, sim. Erramos desde
o princípio, quando, conscientemente, quisemos dar aos nossos filhos
aquilo que não tivemos. Que luta gloriosa, não é? A nossa maior
preocupação não deveria ser "dar a eles o que não tivemos" e
sim,"favorecê-los para que fossem o que não fomos".
Perdemos a autoridade a partir do momento que o transformamos
em apenas "amigos". E quem é que disse que para ser amigo do filho
deve-se tratá-lo de igual para igual? Está aí o resultado: uma
juventude sem estímulo, sem o mínimo de respeito a valores, sem
cultura, centrados num egoísmo que os faz agir apenas em benefício
de si próprios, cobrando-nos um amor baseado apenas no que eles
chamam de "direitos", alheios a qualquer sentimento de
solidariedade, respeito, religiosidade e patriotismo. Nada querem
além de "curtir" o hoje, viver intensa e perigosamente.
E nós, esperando que um milagre aconteça e os faça enxergar.
Nossas escolas, no intuito de "prepará-los para a vida,
perderam o referencial do "conteúdo". Para evitar as conseqüentes
reprovações, promovem sem o mínimo de conhecimento, queimando etapas
do aprendizado, lacunas que jamais serão preenchidas e que, mais
adiante, provocarão seqüelas irreversíveis.
E ainda tenho que ouvir os "doutos" afirmarem com convicção,
que não tenhamos preocupações, pois na hora certa, dar-se-á o famoso
"insight", justificativa daqueles (sempre bondosos e compreensivos)
que, novamente e sempre, empurram com a barriga, para o amanhã, o
que deveria ser resolvido e consertado hoje. Isto não é bondade,
tolerância, compreensão. Isto é falta de ação, de garra. Vou além:
Isso é covardia, é cegueira conveniente e conivente.
Novamente, vamos combater as conseqüências de erros
perfeitamente previsíveis, senão pela cabeça dos sensatos,
certamente pelos resultados nefastos que se tem visto, desde o
princípio.
Nossos jovens não sabem ler, já perceberam? Talvez não seja
bem assim. O que quero dizer é que não sabem ler entendendo o que
foi escrito. Os pais dos nossos jovens também. Se antes precisávamos
ler para reter, hoje precisamos ler várias vezes para entender ( e
olhe que nosso linguajar está cada vez mais pobre).
Se estamos onde estamos, imaginem aonde chegaremos! Mas afinal,
para que nos preocuparmos com isso, não é? Temos tantos problemas
"mais importantes"...
"Quando escrevo sou extremamente egoísta. Escrevo para mim
mesmo.
Não existe dentro de mim um advogado de defesa muito bom, mas o
acusador é terrível! Critico-me, reconsidero, aconselho-me,
penitencio-me. Jamais sinta meu dedo acusador apontado para você,
mas se a carapuça servir, espero que seu defensor ( aquele que
somente fala consigo) seja muito melhor que o meu".
|