A consciência e a vida
O corpo há de aprender sua lição...
E esquecer a história que carrega.
Então seremos livres..
E nenhuma morte poderá nos alcançar.
Inteiros e presentes,
Nada mais haverá de necessário ou urgente.
É tudo que eu sei dizer,
A mim e a você...
Quando a vida parece revelar sua verdadeira face,
Violenta e sem sentido,
E reduzir-se a um jogo sem regras...
E, portanto, sem vencedores,
onde um dia, Todos serão nada.
"Não, a vida não é isso",
É tudo que sei dizer..
E me esforço para acreditar:
O que vemos não é violência,
Mas exuberância; não é falta de sentido,
Mas a exibição da mais absoluta liberdade.
Sim, é aterrador......
Quando se volta contra nós.
Aterrador, cruel, injusto.
Há dias, quase me afoguei.
De um momento para o outro,
O que era o distraído deleite de estar no mar,
Entre ondas de efervescente brancura,
Tornou-se o horror de uma força invisível...
Me arrastando para fora,
Enquanto toneladas de água me....
Empurravam para o fundo.
Meus pés já mal tocavam a areia...
E quase não havia tempo de respirar,
Entre um e outro mergulho.
Seria a morte se, num esforço lúcido,
Eu não vencesse o terror
Que quase me paralisava.
Tomei impulso numa onda menor,
Finquei o corpo no chão...
E agarrei a mão amiga que se estendeu
..Em meu socorro.
Estava salvo.
O mar, o meu mar, Indiferente, quase me tragara;
E agora voltava a me afagar!
Mas esse prazer,
Está em mim e não no mar,
Que nem sabe quem sou.
O mar, insana fúria: Vida!
Deslumbrante, aterrador: indiferente.
E nessa fábula resumo...
O que por agora sei dizer.
”Há mais Mistérios entre o Céu e a Terra....
Do que Possa Imaginar
Nossa VÃ.....FILOSOFIA”
